As viagens para mim têm um começo e um fim previsível, mas o meio é sempre imprevisível. Desta vez o destino era Évora, mas como fiz a viagem pela estrada nacional e vi um castelo que não conhecia...tive de parar, é irresistível.
O castelo era o de Montemor-o-Novo. Desta vez não vou fazer grande descrição do que vi porque não é a minha finalidade, nem a minha especialidade. No entanto, o castelo está bastante destruído com algumas peças arquitectónicas ainda de pé, mas não muitas. A ideia com que fiquei é que teve obras de restauro há algum tempo, mas o dinheiro acabou e ficou a meio.
Ficam algumas fotografias:
Já agora a vista sobre a vila é muito bonita e existe um centro de interpretação que não visitei.
Mas o que me levou a escrever isto, foi uma frase que tenho ouvido com alguma insistência e com a qual não concordo. A frase é: "Eu não vou a museus (pode ler-se qualquer lugar) com as crianças porque elas não ligam nenhuma e ficam muito chatas". Ora pois é, elas ligam muito e raramente se esquecem dos sítios que visitam. Obviamente não passam lá o tempo que um "adulto" aceita passar, nem se interessam pelas mesmas coisas que um "adulto". Aqui entra a função do "adulto", perceber o que será mais interessante para elas e inventar uma história, por mais patética que seja.
No castelo de Montemor-o-Novo, não sei quantas princesas matei, mas foram muitas. Uma morreu a cair das escadas que estavam partidas. Outra morreu com fogo de artifício. Outra caiu da muralha...
E quando virem que elas já estão cansadas do sítio onde estão. Façam um intervalo, vão para outro sítio. Aquele local já se tornou inesquecível, já chega.
Tudo para dizer, levem as crianças a ver história, digam algumas coisas verdadeiras, outras da imaginação. Deixem-nas continuar a vossa história. Vão-se divertir!
Bons passeios.
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