quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Xisto Restaurante - Praia Fluvial da Louçainha

 Numa viagem do Gerês até ao distrito de Setúbal, decidimos fazer uma pausa para almoço num restaurante que há muito tínhamos marcado para visitar, o Xisto Restaurante na Praia Fluvial da Louçainha.

A estrada para lá chegar já por si vale a pena, e estacionar o carro junto da Ribeira da Azenha dá toda uma razão para tantas horas dentro de um carro com 3 miúdas a perguntarem "Já chegámos???". 

A 630m de altitude lá estava a Praia Fluvial da Louçainha. Esta praia de bandeira azul, tem também classificação de praia acessível, ou seja, é acessível a pessoas com mobilidade condicionada. É formada por 3 lagoas distintas, sendo que numa delas não é possível a utilização, outra é indicada para crianças devido à sua baixa profundidade e outra onde existe uma prancha para saltos e chega a atingir os 3m de profundidade.

Mas o que lá fomos fazer foi comer e a fome já apertava. O Xisto Restaurante está construído sobre a lagoa e todas as mesas do seu interior têm uma vista maravilhosa sobre a água e as árvores que embelezam o local.




Todo o interior do restaurante é muito simpático, cheio de luz e não me canso de realçar a vista para o exterior. As mesas têm uma apresentação muito cuidada e a simpatia de quem nos atende foi maravilhosa.
As boas-vindas vieram acompanhadas de azeitonas, manteiga de alheira, azeite, pão e mel. Para começar pedimos umas ameijoas à Bolhão Pato. Muito boas! Depois pedimos 3 pratos, fritada de porco, arroz de javali e pataniscas de cação com arroz de berbigão. Estavam todos bem confeccionados, mas aquele que mais nos agradou foram as pataniscas. E posso acrescentar que o arroz de berbigão estava divinal.
Pataniscas de cação

Arroz de javali

Fritada de porco


As sobremesas, ai as sobremesas! Tivemos de provar todas, a mousse de chocolate com azeite, pudim de ovos, frutos vermelhos da região e um doce com ovos e maçã (não sei o nome exacto). A mousse ganhou a corrida, mas o pudim de ovos não lhe ficou muito atrás. Já o doce de ovos com a maçã não nos convenceu.

Um restaurante a visitar para aproveitar bem o dia. Até porque na zona envolvente é possível fazer várias caminhadas que estão bem sinalizadas.

Sejam felizes!

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Museu do Tesouro Real - Palácio Nacional da Ajuda

 No passado dia 1 de junho abriu um novo museu em Lisboa, o Museu do Tesouro Real. Este museu está localizado na ala poente do Palácio Nacional da Ajuda.

Ao chegarmos dirigimo-nos às bilheteiras, mas antes passamos por um detector de metais e temos de colocar todos os nossos pertences numa máquina de RX, tal como se fossemos apanhar um avião. A partir deste momento a viagem é grande mas não em distância, apenas temporalmente.

Os 3 pisos do museu estão dentro de uma caixa forte e para lá entrar passamos por umas imponentes portas blindadas douradas que demonstram o valor da coleção ali guardada.

Portas blindadas da caixa forte

No início da exposição existe um enquadramento histórico sobre todas as aventuras, viagens e partilhas que as joias da coroa sofreram ao longo de muitos anos e de quem foram os seus principais proprietários. Toda a exposição desenrola-se num ambiente escuro (pouca iluminação) que faz com que as joias e todo o seu brilho sobressaiam ainda mais. E esse objetivo é conseguido, mas por vezes quando temos que ler as informações de cada uma das peças, as sombras e os reflexos dificultam um pouco. Mas nada que não se resolva com uns passos à frente ou atrás!


Outro ponto menos positivo da exposição está relacionado com o facto das legendas das peças estarem numeradas, mas as peças não estão. O que, por vezes, não ajuda à identificação das mesmas. E a organização temporal e de colocação das peças também não é a mais fácil de acompanhar. Nós por várias vezes percebemos que não estávamos a seguir a ordem proposta e outros grupos de pessoas também se apercebiam do mesmo.

Quanto à coleção propriamente dita, tinha joias fantásticas que provavelmente passaram por um processo de restauro demorado. E as peças de roupa usadas em algumas coroações também estão muito bem conservadas e de um valor incalculável. Aqui ficam alguns pormenores da exposição, mas visitem e vejam vocês próprios de certeza que outras peças vos chamarão à atenção! Por exemplo, lembro-me de um punhal com um esqueleto todo em prata que era de uma beleza e de um trabalho minucioso incomparável. Infelizmente, não fotografei.




E já agora, se nunca visitaram o Palácio Nacional da Ajuda, aproveitem a viagem e visitem também.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Casa da Trigueira

 Há algum tempo que não pernoitava num local tão acolhedor, tão diferenciado e com anfitriões tão amáveis e prestáveis. Aliás os anfitriões fizeram toda a diferença, uma vez que tinham tantas histórias para contar e encantar nesta terra pequena entre Murça e Alijó em Trás-os-Montes. Também não é fácil não nos deixarmos encantar por esta região de Portugal com as suas vinhas e vinhos fantásticos e as paisagens de cortar a respiração.

Mas vamos ao início, a trabalho por vezes tenho de dormir em alguns locais. Muitos dos alojamentos que visito não são propriamente idílicos mas cumprem as suas funções. Desta vez tive a (in)felicidade de não ter vaga no sítio onde costumo dormir em Alijó, por isso, tive de ir à procura. Sorte a minha encontrei a Casa da Trigueira em Santa Bárbara. Este alojamento foi uma recuperação total de uma casa de família típica de há muitos anos.

Ao entrar sentimo-nos em casa, onde o Dr. António Martinho conta toda a reabilitação da casa. Conta-nos histórias de família. E outras menos improváveis onde se chega à conclusão que o mundo é muito pequeno e todos, de alguma forma, estamos interligados.

Os quartos são todos muito acolhedores, e com todas as comodidades necessárias. Fiquei no quarto Chão da Portela no primeiro andar da propriedade.


A cama era muito confortável e depois de um dia de trabalho e de um bom banho o que apetecia era mandar-me para cima dela. Mas fui puxada (talvez a palavra correta seja empurrada, mas já lá vamos) para ir visitar um Santuário que se deixou ver durante a viagem de carro. Pois, mas para lá chegar tive de subir umas quantas ruas e uns belos lances de escadas. Durante o percurso roguei umas quantas pragas a quem me convidou para a caminhada... mas a vista sobre os socalcos típicos da região do Douro valeu a pena. E o facto de me terem empurrado escadas acima também!


Mas o melhor da Casa da Trigueira veio no dia a seguir bem cedo. Duas maravilhosas pessoas fizeram questão de se levantar às 5 e meia da manhã para fazerem um pequeno-almoço fantástico, como se isso fosse algo perfeitamente normal. Tudo era caseiro, desde os sumos, compotas, bolos, até aos enchidos. Sair do quarto e sentir o cheiro a café acabado de fazer é sempre fenomenal. Se isto for a uma hora do dia em que o sol ainda não nasceu, melhor ainda.

Acreditem que o meu trabalho muitas vezes implica tomar o pequeno-almoço por volta das 6 da manhã e não é em todos os sítios que me dão algo para comer. Quanto mais uma refeição com esta quantidade e qualidade.

Divirtam-se passeiem e aproveitem todos os cantinhos que este Portugal tem para nos oferecer!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Oh My Brunch!

 Há muito que já não visitavamos um sítio acolhedor como o Oh My Brunch! Descobrimos este espaço por acaso num passeio pelas ruas do Barreiro, quando lá passamos estava fechado. Mas depois de algumas espreitadelas e uma visita ao website, coloquei este local nos sítios a visitar. E passado, talvez 1 mês, lá fomos.

À entrada fomos muito bem recebidos e depois de mostrar os certificados digitais e de todas as formalidades fomos até à mesa que nos indicaram. Que ficava muito bem localizada mesmo ao lado da cozinha, por isso, tudo o que de lá saia era por nós inspecionado visualmente para ver se nos agradava.

A decoração do espaço é pormenorizada e tem detalhes muito engraçados, o que mais gostámos foi do sofá na entrada, das plantas na parede (mesmo sendo artificiais) e dos candeeiros (esta decisão não foi unanime mas houve quem gostasse).

A escolha do que comer e beber foi difícil, mas lá optamos por sumo de laranja natural, limonada, sumo de morango, croissant com ovos mexidos, cogumelos e espinafres salteados, cebolinho e mix de sementes, brownie com toffee de caramelo salgado, crumble, nozes e gelado, minipanquecas com nutella e morangos e ainda panquecas salgadas com bacon, ovo estrelado e cebola crispy....
Eu obviamente provei de tudo e tenho dificuldade em escolher o que estava melhor, mas de facto o meu croissant com ovos mexidos era divinal. Mas tudo estava perfeito!

No final ainda houve espaço para repetir umas minipanquecas com nutella e morangos e para beber um BomBom de café maravilhoso.

Voltarei com toda a certeza para experimentar os hamburgueres e os ovos Benedict (vimos passarem alguns e estavam todos com um aspecto delicioso).

Divirtam-se, passeiem e sejam felizes!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Salinas Naturais de Rio Maior

Salinas em Rio Maior? Mas Rio Maior não fica perto do mar!!

É verdade em Rio Maior há salinas naturais e produzem sal! Localizam-se a cerca de 40km (em linha reta) do oceano Atlântico, o que as torna especiais e praticamente únicas no Mundo. Tanto quanto sei, existem umas salinas idênticas em Espanha (Salinas de Montejícar) e outras no Peru (Salinas de Maras).

E como é então possível a existências destas salinas. Há cerca de 200 milhões de anos a água salgada do oceano chegava até este zona do País, mas devido a várias alterações a água foi recuando e neste local ficou um grande lago que foi secando. No entanto, no subsolo, mantém-se até aos dias de hoje uma grande mina de sal-gema a 60m de profundidade. Sempre que chove, as águas infiltram-se e criam cursos de água que passam nesta mina. É depois esta água que alimenta o poço das salinas e que tem uma concentração de sal sete vezes superior à água do mar.

Na realidade quando visitamos as salinas de Rio Maior, estamos num Museu Vivo. Há sempre alguém a trabalhar o sal e a prepará-lo para ser armazenado e mais tarde comercializado. Para terem uma ideia da imensidão do local, este ocupa 27000m2, cerca de 3,5 campos de futebol!!! É algo magnífico! A visita é feita livremente em redor de toda a salina, mas anteriormente aconselho uma visita à loja das salinas porque, pelo menos comigo, a senhora que lá estava foi muito simpática e explicou-nos tudo o que íamos ver e como era todo o funcionamento da salina. De facto, a produção de um dos produtos mais baratos e comuns nas nossas cozinhas é uma fonte de conhecimento, trabalho e beleza inimaginável.

Em redor das salinas existem uns antigos armazéns de madeira, que foram transformados e hoje em dia são locais de comércio e restaurantes. Estes armazéns são em madeira para evitar a corrosão pelo sal. E a maior curiosidade destes armazéns são as fechaduras de madeira, uma vez que se fossem feitas de metal há muito que já não tinham qualquer utilidade.

Visitem as salinas, e se quiserem/conseguirem podem marcar uma visita guiada, de certeza que vai valer pena. Divirtam-se!


quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Exposição Hergé

Pois é, desta vez é só um desabafo! Tenho a certeza que também já vos aconteceu e provavelmente vai-me voltar a acontecer e mim e a vocês...infelizmente...

Ora aqui vai, costumo ter uma lista de locais onde ir com algumas exposições, lugares, por vezes alguns passeios bem simples. Tudo para não me esquecer de algumas datas! Mas ainda assim, desta vez passou-me a exposição Hergé na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa. Terminou no dia 10 de Janeiro e esteve sempre lá, desde o dia 1 de outubro! E agora acabou-se! Era uma exposição que queria mesmo ver, porque conheço muito pouco deste artista. Sem ser as Aventuras do Tintin, todo o restante trabalho dele é-me praticamente desconhecido.

Bem, talvez tenha que dar um saltinho à Bélgica para ir ao Museu Hergé, até porque acabei de descobrir que nos primeiros domingos de cada mês a entrada é gratuita! Acham que compensa o valor da viagem??!


sábado, 22 de janeiro de 2022

Miradouro da Fóia

O miradouro da Fóia é o ponto mais alto do Algarve (902m), na serra de Monchique. Quando o tempo o permite é possível avistar praticamente todo o Algarve desde Vila Real de Santo António até Sagres. Por isso, é sempre bom voltar a este sítio para nos perdermos na imensidão de coisas que podemos admirar.



Da última vez que por aqui passámos, tivemos a oportunidade de assistir a um momento musical de 2 DJ´s (não sei quem eram), mas deu para alegrar um pouco quem passava e quem se sentava para beber uma bebida, comer uma tosta ou um gelado no Food Truck Alecrim.

Viajem muito por este Portugal lindo, divirtam-se e apreciem a paisagem!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Monchique Resort&Spa

Mais um fim de semana de passeio até ao Algarve, desta vez até Monchique. Pernoitámos no Monchique Resort&Spa. Nesta fase de pandemia, por vezes os procedimentos para o check-in são mais demorados mas, ainda assim, todo o pessoal da recepção foi muito simpático e acessível. E mesmo tendo chegado já um pouco tarde, foram muito atenciosos e conseguimos jantar no hotel sem qualquer incómodo. Foi-nos feita uma visita pelos vários espaços comuns do hotel, que nos pareceu meio labiríntico mas lá conseguimos chegar ao quarto.

O quarto era enorme com uma sala (onde dormiam as miúdas), uma casa de banho, uma suíte com casa de banho com banheira e uma kitchenette. Tudo muito bem preservado e cuidado.

O pequeno-almoço é muito bom, tem tudo e mais alguma coisa. Pode ser saboreado nos vários restaurantes do hotel e num grande espaço exterior com vista para a serra de Monchique onde, ao longe, se consegue ver o mar. Por baixo desse terraço exterior encontra-se a piscina descoberta, que fez as delícias das miúdas mais novas e dos mais velhos também (vamos ser sinceros).


Obviamente, depois do pequeno-almoço tivemos de ir dar um mergulho à piscina. Começamos pela piscina exterior, a água não era a mais convidativa de todas e decidimos experimentar a piscina interior. Mas esta foi uma desilusão, muito pequena e algo estragada. Para além de não ser nada fácil lá chegar e de sair de lá novamente para o quarto. Conclusão, depois de subir uma quantidade bem grande de escadas e de andarmos perdidos pelos corredores, voltamos ao ponto de partida, a piscina exterior.


O hotel proporcionava várias atividades para adultos, crianças e famílias. Não fomos até lá com esse propósito apenas as miúdas assistiram a um filme noturno enquanto aproveitávamos para ver um jogo de futebol.

Não chegámos a experimentar o spa, com muita pena minha. Mas em tudo a estadia foi muito boa. No segundo dia ao pequeno-almoço, como eu fazia anos, ofereceram-me um miminho e cantaram-me os parabéns! Foi muito simpático e atencioso.


Passeiem, divirtam-se e aproveitem da melhor forma possível o tempo!


quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Restaurante Côa Museu

 Comer bem, beber vinho de qualidade e ter uma vista fantástica é no Restaurante Côa Museu.

Chegámos sem marcação num dia bastante concorrido e, mesmo assim, foi-nos sugerida uma mesa junto ao enorme vidro que dá para mais uma fantástica vista da região do Douro.

As entradas incluíram uns laminados regionais (presunto, salpicão, chouriça e queijo) com compota e melão, azeitonas e pão regional. Por mim, podíamos ficar por aqui. Mas não.

Depois pedimos uma seleção de carnes grelhadas com migas e umas batatas fritas para quem não quer sequer provar as migas! A carne estava maravilhosa e os acompanhamentos também.


Tudo isto acompanhado de um vinho tinto do Douro, como é lógico...muita conversa e uma vista indescritível para o exterior.
Mas não acabou aqui para terminar pedimos folhado de maçã caramelizada e amêndoa com gelado. E como já disse várias vezes uma refeição para ser inesquecível tem de terminar em grande. E assim foi! Não que tenho comido muito da sobremesa, porque houve um assalto ao meu prato, mas estava muito bom.

Visitem, divirtam-se e se poderem vejam também o Museu do Côa

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Museu do Côa

 Mais um museu do interior de Portugal que vale a pena a viagem, o Museu do Côa em Vila Nova de Foz Côa. Assim que chegamos ao local, o edifício do Museu faz com que a viagem de vários kms seja recompensada, quer pelas vistas naturais (sou suspeita porque adoro as paisagens da região do Douro) quer pela imponência do edifício e pela sua integração na paisagem.


Pormenor do Rio visto de dentro do Museu

Este Museu tem como objetivo dar a conhecer a arte rupestre presente ao ar livre no Vale do Côa. Não existe praticamente espólio original dentro das paredes do Museu, uma vez que o se pretendeu com a criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa é que a arte rupestre pudesse ser vista nos locais originais em que foram feitas. Não fizemos a visita ao Vale do Côa, mas com certeza vale a pena porque existem mais de 80 locais de arte rupestre.

No Museu encontramos réplicas muito bem conseguidas, com muita interação à mistura. Com muita informação sobre as épocas em que foram feitas as figuras. Para os mais novos nem sempre é o Museu mais interessante do mundo, mas mesmo assim algumas salas são mais prazerosas para eles do que outras. E o que lhes chamou muito à atenção foi um corredor com luzes negras e as pinturas rupestres representadas em neon. 

Uma outra sala que nos prende a atenção durante alguns minutos é a sala onde está a ser projetado um filme com a luta dos estudantes para que a construção da barragem do Côa fosse possível. Sem essa luta incansável hoje já não teríamos a oportunidade de apreciar a arte rupestre no seu estado original. 


Visitem Museus, disfrutem do tempo e divirtam-se!